Existem muitos vídeos, posts e até manuais que ensinam a identificar relógios de luxo originais, afinal essa é uma indústria que fatura bilhões todos os anos e poderia faturar ainda mais se existissem “réplicas” na praça que conseguem enganar muita gente.
As próprias grifes de alta relojoaria chegam a dar cursos para lojistas, relojoeiros, donos de casas de penhor e até para colecionadores, a fim de que as peças falsas não sejam passadas adiante e sejam denunciadas às autoridades.
O problema é que as falsificações estão ficando cada vez mais próximas do original, hoje mesmo eu olhei para um Tag Heuer Monaco que me parecia 100% original, embora estivesse sendo vendido em um box completamente xing-ling. Isso dificulta ensinar a identificação da cópia para os interessados, tornando vídeos, como esse abaixo, completamente obsoletos:
A malandragem de separar o joio do trigo usando como base o movimento compassado do ponteiro dos segundos é um clássico, ouço isso há anos, o detalhe da lente que melhora a visualização da data também, mas veja o que acontece quando assistimos este outro vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=KzxXCznf0j0
Pois é, exceto quando lidamos com cópias grosseiras, identificar se um Rolex verdadeiro ou falso é um a tarefa que envolve uma quantidade enorme de minúcias só vistas com uma lente de aumento potente, contudo estamos falando da parte exterior de um relógio de luxo, mas o que acontece se examinarmos o interior?
Talvez essa seja a melhor maneira de identificar uma falsificação atualmente, pois todo o refinamento da cópia acontece do lado de fora, mas por dentro o que encontramos na maioria das vezes são mecanismos feitos na China com a assinatura mor dos relógios do mercado “paralelo”: impressões digitais.
O mecanismo barato e sem refinamento montado as pressas para diminuir os custos vem com marcas de dedos em 99% dos casos, basta procurar por vídeos que mostram esse tipo de peça sendo desmontada, como este aqui:
O problema é conseguir convencer alguém que está vendendo um Rolex, seja ele verdadeiro ou não, a levar o relógio até um profissional que possa verificar. : (
Por isso a atitude mais inteligente nesse caso é comprar a peça de uma loja autorizada ou exigir uma documentação de compra acompanhada de certificados de garantia.
No mais, a internet está aí para te ajudar. Antes de comprar você pode consultar fotos e vídeos que mostram os originais em detalhes, além de pesquisar quais são os elementos que são únicos nesses produtos e que podem denunciar um engodo.
Outra maneira bem fácil de saber é olhando na etiqueta de preço, ninguém faz milagre vendendo um Rolex de 80 ou 90 mil por 800 reais (no Enjoei tem aos montes), mas existe a galera que dá uma salgada no preço para gerar dúvida, assim o desavisado entende que o relógio está sendo vendido porque o dono atual precisa de dinheiro para pagar o aparelho ortodôntico do filho, ou algo do tipo, dessa maneira é fácil encontrar relógios de algumas dezenas de milhares de reais sendo vendidos por 3, 4 ou 5 mil.
O pior é saber que mesmo quando o vendedor identifica o produto como sendo réplica ainda sobram pessoas querendo negociar a um preço mais baixo, mas que ainda poderia bancar um excelente relógio da Victorinox ou da Seiko, por exemplo, peças com garantia e durabilidade comprovada, que vão perder muito pouco valor se revendidos.
As pessoas colocam o desejo de ostentar acima da lógica e compram uma peça de má qualidade, por um valor muito alto e, ainda por cima, sabendo que se trata de uma cópia, acabando por sustentar um mercado que só prejudica a todos, fabricantes, comerciantes e consumidores, como eu já expliquei neste post.
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Fique esperto:
Porque Você Não Deve Comprar Réplicas de Roupas, Calçados e Acessórios