São Paulo Fashion Week – Edição de Halloween!

Apesar de ser voltada para o inverno 2014, a São Paulo Fashion Week que se encerra nesta sexta feira (01/11) no Parque Villa Lobos, em São Paulo, parece ter como inspiração maior o Halloween, tamanho o show de horror presente nas passarelas proporcionado por aqueles que, em teoria, deveriam ser os maiores nomes da moda brasileira.

O que vocês verão abaixo é a amostra mais pura do que a moda brasileira tem a oferecer para nós, pobres mortais, mas só um aviso: tirem as crianças e pessoas de bom gosto de perto da tela, pois as imagens podem causar náuseas!

Então, vamos ao desfile de fantasias de Halloween… digo, do SPFW?

Cavalera – Fantasia: Al Qaeda Fashion

A marca mais uma vez fez um daqueles desfiles mistura de show com festa, aproveitou a inspiração árabe e colocou mulheres vestidas de odaliscas fazendo dança do ventre na passarela, como se não bastasse a referência tão óbvia e batida quanto distribuir esfihas para a platéia (o que não ocorreu, graças a Deus!). A marca tentou distrair a atenção para que ninguém notasse que a coleção é uma tremenda baboseira que não tem nem razão para existir. O calçado de inverno da Cavalera é uma sandália gladiadora masculina, como se a feminina já não tivesse nos importunado o bastante, e as roupas oversized, uma aposta infame em um mundo onde a silhueta masculina está cada vez mais acertada ao corpo, deram o tom do espetáculo. Alberto Hiar, também conhecido como “Turco Louco” é o responsável pela direção criativa. A alcunha do sujeito explica muita coisa!

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Ellus – Fantasia: Bonecão do Posto

Todo mundo apelou para o tal do oversized, que é um nome bonito para roupas criadas por quem não entende nada de caimento, mas ninguém levou isso mais a sério que a Ellus. Abaixo você tem exemplos de tudo que não deve estar presente na moda masculina e tudo que eu nunca vestiria em minha vida. Fico pensando como os modelos conseguiram desfilar isso com essa cara séria! Note o sujeito da esquerda, se colocarmos um jato de ar entrando por baixo do casaco ele vira um “bonecão do posto”, com os braços enormes movendo-se insanamente.

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Triton – Fantasia: Squizo Paradise

Pegue uma sacolada das piores roupas que você puder encontrar, depois chame 3 esquizofrênicos e peça para eles montarem looks com essas roupas. Pronto, está feito o desfile da Triton. É difícil olhar apara estas imagens e não imaginar aqueles brinquedos onde você pode fazer um mix da parte de cima de um personagem com a parte de baixo de outro. Mais uma marca que parece que ignorou o conceito de inverno e optou por calçados totalmente abertos, não que eles fossem salvar esse cubismo demente do desastre que foi, mas pelo menos podiam mostrar alguma coerência, não?

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Colcci – Fantasia: Tarja Preta

Mais uma que tenta distrair o público com algo mais interessante do que sua maltrapilha coleção de roupas, neste caso temos a top Gisele Bündchen entrando no início e no final do desfile para causar um burburinho capaz de fazer esquecer a tortura visual que é olhar para essas alegorias de escola de samba cujo carnavalesco é, provavelmente, um gótico brega. A marca merece uma menção honrosa por misturar tudo que não podia, com caimento ruim e um estilo maniaco depressivo. O diretor criativo da marca deve se entupir de remédios tarja preta para chegar a este resultado.

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João Pimenta – Cafetão Low Profile

E pensar que eu já ví algumas coisas bem interessantes deste estilista! Mas vamos ser justos, quem vive de passado é museu, João Pimenta olha sempre para o futuro e o homem do futuro tem estilo cafetão low profile, ou seja, é extravagante nas roupas, mas conservador nas cores. Mesmo no site da FFW, veículo oficial do SPFW, não há review da coleção, talvez porque nem o mais criativo dos redatores de moda, acostumado a exaltar tudo de mais bizarro que a moda nacional tem a oferecer, teve a capacidade de tecer uma única linha a respeito deste absurdo.

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Osklen – Fantasia: Partida de Futebol no Inferno

Para fechar com chave de ouro deixamos para mostrar um pequeno destaque do desfile dele, que é o maior fanfarrão da moda brasileira: Oskar Metsavaht. O “estilista”, que muito provavelmente nunca ouviu falar de “caimento” na vida, é especialista em exaltar a si mesmo e a suas criações, mas devia gastar mais tempo tentando aprender a fazer mais moda e menos alegoria. Aqui a referência óbvia ao futebol (olha o oportunismo) transformou gramados em roupas mal-ajambradas e uniformes de times em mortalhas romanas de antes da época do império.  Não é a toa que a marca vive de vender camisetas e sapatênis!

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Pior do que qualquer filme ou história de horror, provavelmente são estas as imagens que vão tirar meu sono durante as próximas semanas, só me resta torcer para que um desses psicopatas dos contos mais sanguinolentos apareça e acabe com meu sofrimento antes de próxima SPFW, pois não sei se aguento tanto mau gosto em uma segunda dose!